Histórias e perseguições na vida de Martinho Lutero




Nasceu em 1483 e morreu na cidade de Eisleben, na Alemanha. Freqüentou boas escolas, inclusive a universidade de Erfurt. Por sugestão do pai, começou a estudar direito, mas decidiu tornar-se monge. Ingressou na Ordem dos Agostinianos.
Ao andar certo dia pelos campos, foi lançado ao solo por um raio, enquanto um amigo morreu ao seu lado. Este fato afetou-o de tal modo que, sem comunicar o seu propósito a algum de seus amigos, retirou-se do mundo e enclausurou-se junto à ordem dos eremitas de Santo Agostinho.
Dedicou-se ali à leitura das obras de Santo Agostinho e dos escolásticos (filósofos da idade média) porém, ao vasculhar a biblioteca, encontrou, acidentalmente, uma cópia da Bíblia latina que jamais havia visto antes. Esta atraiu poderosamente a sua curiosidade; leu-a ansiosamente e sentiu-se atônito ao perceber que apenas uma pequena porção das Escrituras era ensinada ao povo.
Fez a sua profissão de fé no mosteiro de Erfurt, após ter sido noviço durante um ano; e tomou ordens sacerdotais, ao celebrar a sua primeira missa em 1507. Obteve o grau de doutor em teologia. Atuou como professor na universidade de Wittenberg desde 1508 até a sua morte, em 1546. Como professor responsável pela leitura e exposição das Sagradas Escrituras, percebeu que certas práticas e crenças da Igreja estavam em desacordo com a mensagem de Jesus. Passou a denunciá-las publicamente, mas não foi ouvido pelas autoridades responsáveis.
Em 1517, expôs, na porta da Igreja de Todos os Santos de Wittenberg, suas 95 teses, escritas em latim, contra a venda de indulgências. Lutero defendeu suas opiniões, energicamente, nos debates universitários públicos em Wittenberg e outras cidades. Em 1520, essa posição acabou por levá-lo a inquérito, aberto pela Igreja romana, resultando na condenação a seus ensinamentos e em sua excomunhão pelo papa Leão X. A esta altura as 95 teses já haviam sido traduzidas para o alemão e inúmeras cópias já estavam circulando por toda a Alemanha . Na Dieta de Worms, pediram-lhe que se retratasse ante as autoridades seculares e eclesiásticas, mas ele se negou a fazê-lo. O duque Federico da Saxônia, o Sábio, manteve-o em seu castelo de Wartburg, onde Lutero iniciou a tradução do Novo Testamento do original grego para o alemão, o que propiciou importante contribuição para o desenvolvimento da língua alemã.
Em 1525, casou-se com a monja Catalina de Bora, vinte anos mais jovem do que ele, exercendo na prática sua tese de abolição do celibato. Em 1529, publicou seu Pequeno Catecismo, onde explica, em linguagem simples, a teologia da Reforma Evangélica. Proibido de assistir à Dieta de Augsburg por ter sido excomungado, Lutero delegou a defesa dos reformadores, formulada na Confissão de Augsburg (1530), a seu colega e amigo, o humanista Felipe Melanchthon. Sua influência estendeu-se a norte e a leste da Europa e seu prestígio contribuiu para que Wittenberg se tornasse um centro intelectual
Excluído da Igreja, persistiu em reclamar e propor alterações na forma de fazerem e dizerem as coisas tanto no culto como na vida coletiva e individual.
Assim tornou-se um dos grandes reformadores da Igreja, mais pela força das circunstâncias do que por vontade própria. A fim de combater erros e propor manifestações de fé e piedade próprias do Evangelho, produziu escritos polêmicos, didáticos e pastorais, reformulou ordens de culto, compôs hinos e, juntamente com colegas da Universidade, traduziu, primeiro, o Novo Testamento e, depois, a Bíblia toda para a língua do povo.
Suas obras, sucessivamente reeditadas e traduzidas, constituem um tesouro inestimável para todos que buscam compreender a identidade e vocação da Igreja cristã. Eis abaixo o texto que precedia a relação das 95 teses:
“Debate para o esclarecimento do valor das indulgências pelo Dr. Martinho Lutero,
1517. “Por amor à verdade e no empenho de elucidá-la, discutir-se-á o seguinte em Wittenberg, sob a presidência do reverendo padre Martinho Lutero, mestre de Artes e de Santa Teologia e professor catedrático desta última, naquela localidade. Por esta razão, ele solicita que os que não puderem estar presentes e debater conosco oralmente o façam por escrito, mesmo que ausentes. Em nome do nosso Senhor Jesus Cristo. “Amém.”
As discussões de Lutero tiveram como motivo a busca pela Verdade e a correção de práticas contrárias a palavra de Deus. A resistência em se reconhecer tais erros conduziu a reforma protestante que em outro momento estudaremos e como isto influenciou a igreja no Brasil e no mundo.

Fontes pesquisadas:
http://www.lutero.com.br/novo/vida_de_lutero_biografia.php
http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=870&menu=7&submenu=3
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_637.html

quinta-feira, 29 de abril de 2010 às 18:47 , 0 Comments

A música como poderoso instrumento na pregação e declaração de fé




Lá por volta do ano 1500 da nossa era, estava triunfante o movimento da Reforma Religiosa na Europa. Iniciado por Martinho Lutero e coadjuvado por Melanchton (um leigo-teólogo), Calvino, Zwinglio, Huss, Farel e outros, tomou logo conta de todos os países; mas no ano de 1523, em Bruxelas, dois jovens, cujo único crime fora a sua profissão de fé na nova doutrina, foram queimados. Em honra a esses dois mártires, Lutero escreveu e compôs a música do seu primeiro hino: Castelo forte é nosso Deus, o qual é uma paráfrase do Salmo 46: ”Martinho Lutero (1483-1546) é conhecido como o Apóstolo da Reforma.
Outros reformadores antecederam Lutero. João Huss e seus seguidores, morávios sem número, muitos anabatistas, valdenses e lombardos pagaram o preço máximo por sua fé. Mas Deus salvou a vida de Lutero para que traduzisse a Bíblia do hebraico e grego para a língua alemã. Esta obra levou treze anos!
Em Wartburg, também pode preparar outros meios para seu povo poder ser salvo em Cristo. Precisavam de cultos em alemão para sua compreensão. Precisavam cantar a sua fé e louvar a Deus na sua própria língua. Como muitos do seu povo, Lutero, a quem Hans Sachs chamou de “O Rouxinol de Winttenberg”, amava muito a música. Tocava o alaúde e a flauta com perfeição. Os hinos de João Huss e seus seguidores foram traduzidos para o alemão.
Sem dúvida, Lutero possuíra o hinário dos morávios, Ein Neu Gesengbuchlein, editado por Michael Weiss, em 1531. Presenciara o martírio dos anabatistas. Ouvira sues poderosos hinos ao seu Pai e Salvador. Criam, como eles, que o cântico do culto não devia ser dado somente ao clero, mas pertencia também à congregação. Para esse fim, precisavam de coletâneas de hinos congregacionais e corais no seu próprio idioma.
Lutero escreveu em 1524: Desejava, seguindo o exemplo dos profetas e anciãos da igreja, dar salmos alemães ao povo, quer dizer, hinos sacros, para que a palavra de Deus pudesse habitar entre o povo por meio do canto também. Para isso, procurou outros músicos idôneos para se unirem a ele para providenciar esses hinos congregacionais.
Com o mui hábil músico Johann Walther, em 1524, publicou o primeiro de muitos hinários: Geistlich Gesang Buchlein. No prefácio deste hinário, Lutero escreveu:
“Que o cantar de cânticos espirituais é uma coisa boa e agradável a Deus, creio eu, não é escondido de qualquer irmão. . . Isto tem sido conhecido por todos.”
Podemos nos sentir revigorados pela adoração genuína e com letras que tenham base bíblica e desejo sincero pela exaltação do nome de Deus, bem como das Sagradas Escrituras. E isto deve ser um estímulo a mais a tratar a música dentro das reuniões do povo de Deus com profundidade, reverência e responsabilidade, haja visto ser este um poderoso instrumento de pregação e evangelismo.

Fontes pesquisadas:

www.musicaeadoracao.com.br/hinos/...hinos/ha_033.htm :
http://www.refrigerio.net/hinos25.html

às 18:24 , 2 Comments

A SURRA


Das maravilhas do mundo nada é tão facinante quanto a internet. Mas o que fazer quando se tem a ferramenta a disposição e não se sabe quase nada de como apreciar e usufruir de toda a estética e recursos disponíveis?
A resposta é simples... Aprender
Então cá estou eu a visitar tudo quanto é site e tutorial, ainda chego lá.... afinal tenho um objetivo em mente e não vou desistir enquanto não alcançar.
E na era do plagio e copy, eu que não sou bobo não pretendo cometer nenhum crime contra os direitos de ninguem, então aí é mais umas boas horas lendo e aprendendo sobre "direitos autorais" e coisas do gênero.
E como dizem todos por aí.... "sou brasileiro e não desisto nunca", tomara que isto não tenha algum dono também.
Afora a surra de nunca ter aprendido antes e ter de aprender na hora do aperto, vai então outra pérola popular... "a necessidade é a mãe da invenção" ou será que é do aprendizado? enfim, a necessidade deve ter muitos filhos por ai e vou me virando como posso.
Antes que alguém diga que pretendo ficar copiando ou plagiando, nada disso, minha cabeça é igual a um vulcão em erupção, expelindo idéias de todo gênero, as quais espero em breve apresentar a todos.

quarta-feira, 21 de abril de 2010 às 19:19 , 4 Comments

O BRASÃO, O ATALAIA E CASTELO

O brasão é um conjunto de símbolos que indicam tradição, linhagem e qualidades de uma família, ou exército. Explicando algumas das simbologias utilizadas neste brasão temos: O "Ichthys" ou peixe estilizado (ichthys=em grego significa peixe e é um acrônimo de Iesus Christus Theo Yicus Soter, "jesus Cristo filho de Deus Salvador) era usado pelos cristãos perseguidos da igreja primitiva como sinal para identificarem-se e posteriormente usado no protestantismo.
O pergaminho representa o estudo e a sabedoria contida nos livros e sobretudo a contida na Palavra de Deus (Pv 8:18), nos lembra que o conhecimento é produzido a partir da dedicação e anseio por uma resposta a suas indagações.
O RHEMA, vem do grego e significa "palavra", porém esta palavra é diferente de "Logos", o Logos representa toda a palavra escrita de Deus que compõem as Sagradas Escrituras, ou seja:
Por mais que alguém possa estudar a bíblia, sem a revelação de Deus, ninguém pode compreender a vontade de Dele e nem O conhecer. O RHEMA é Deus falando ao nosso "íntimo" e sem Ele se revelar, não o podemos conhecer e nem entender.

A cruz era um instrumento usado em execuções romanas, mas para os cristãos assumiu importante significado de Vida Nova por meio da morte de Cristo em uma cruz. Vida esta selada pela ressurreição de Jesus.
O castelo com seus muros e torres representam o reino de Deus, no qual todo aquele que busca refúgio, abrigo e descanso para sua vida encontram a Paz, segurança e o próprio Deus em seu reino celestial eterno. A forma da coroa esta associada a recompensa para aqueles que viverem de modo digno segundo o chamado de Deus nesta vida, pois de fato conhecerão a Deus e com Ele viverão.

As torres do castelo junto aos muros são ocupadas pelo Atalaia, que é um sentinela ou vigia responsável por velar pela segurança, ele está em um local privilegiado e por isso pode ver o que outros não vêem. Mas a sua principal função é alertar e avisar os outros da aproximação do inimigo.

O pergaminho e o peixe possuem a cruz sobrepostas a eles ligando-os, sem Jesus é impossível viver plenamente o plano de Deus para a humanidade e para o seu povo, o qual é igreja invisível de todos os povos, línguas e nações.
O escudo nos convida à defesa dos valores e verdades eternas contra todo tipo de ataque, é fé que guarda os corações de todo o mal.

O nome "castelo forte" foi retirado de um hino composto por Martinho Lutero ´durante as perseguições contra a sua vida e a de outros que defendiam a verdade do Evangelho em detrimento da religiosidade e de interesses contrários a Palavra de Deus.

segunda-feira, 19 de abril de 2010 às 16:16 , 7 Comments

O INÍCIO DE TUDO ISTO


De todos os meios de comunicação e suas muitas vantagens podemos destacar que os jornais, revistas, livros e a internet são fontes de conhecimento e difusoras de muitas idéias. Fazer bom uso destes meios nos permite tornar o conhecimento acessível a um número muito maior de pessoas. Basta pensar que antes do desenvolvimento da imprensa, cada texto, poema ou tradição de um povo era transmitido oralmente. Ou então gravado em rochas, paredes de de templos ou construções, o que limitava o acesso a tais informações a quem estivesse nestes locais. Os manuscritos em papiros e pergaminhos criaram a possibilidade do conhecimento ser mais facilmente difundidos apesar der de produção lenta. imagine que cada livro era escrito a mão e cada cópia cópia levava semana, meses para ser concluída, o que os tornava caríssimos. Reproduzir a bíblia demandava enorme tempo e dedicação de escribas.


Quando Gutenberg desenvolveu a impressão em 1456 tornou possível que a bíblia fosse produzida em quantidades maiores e num tempo menor. Martinho Lutero, assim como outros, soube utilizar-se de tal avanço, organizou a publicação de bíblias para a língua alemã em 1534 (antes era apenas em latim, Lutero dedicou boa parte de sua vida na tradução), permitindo assim que as pessoas pudessem ter acesso às Sagradas Escrituras e a comentários bíblicos. De fato esta tarefa não foi simples, pois a intenção de Lutero em permitir que cada cristão pudesse ler a bíblia em sua língua e pudesse compreendê-la sem que a Igreja católica fosse a única capaz de saber decidir o que de fato era ou não preciso ser sabido pelos fiéis. Isto trouxe à tona dentre muitas questões a seguinte:

"O cristão fiel mediante o estudo pessoal das Escrituras e com o auxílio e revelação do Espírito Santo era capacitado a entender qual a vontade de Deus e como deve ser seu compromisso para com Ele."

De fato pensar e formar uma opinião não são tarefas simples, é muito mais fácil deixar que alguém diga o que se deve ou não fazer, o que se pode ou não pensar. Assim como o corpo sem exercício não é capaz de se mover plenamente, uma mente que não seja ensinada a pensar, refletir e escolher entre direita ou esquerda, ir ou vir, ou seja, o que for, não vai atingir a maturidade. Será sempre uma criança (sentido negativo) que precisa de alguém que faça por ela e para ela tudo, e que decida por ela.


Este espaço será aberto para que qualquer pessoa possa manifestar suas opiniões e propor discussões e reflexões, de modo a que cada leitor possa concordar ou discordar, exercendo sua liberdade civíl e religiosa, suas crenças e convicções.

às 10:19 , 1 Comment

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

É IMPORTANTE ESCLARECER QUE ESTE BLOG, EM PLENA VIGÊNCIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, EXERCITA-SE DAS PRERROGATIVAS CONSTANTES DOS INCISOS IV E IX, DO ARTIGO 5º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

RELEMBRANDO OS REFERIDOS TEXTOS CONSTITUCIONAIS, VERIFICA-SE:

“É LIVRE A MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO, SENDO VEDADO O ANONIMATO" (INCISO IV) E "É LIVRE A EXPRESSÃO DA ATIVIDADE INTELECTUAL, ARTÍSTICA, CIENTÍFICA E DE COMUNICAÇÃO, INDEPENDENTEMENTE DE CENSURA OU LICENÇA" (INCISO IX).

ALÉM DISSO, CABE SALIENTAR QUE A PROTEÇÃO LEGAL DE NOSSO TRABALHO TAMBÉM SE CONSTATA NA ANÁLISE MAIS ACURADA DO INCISO VI, DO MESMO ARTIGO EM COMENTO, QUANDO SENTENCIA QUE "É INVIOLÁVEL A LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E DE CRENÇA".

TENDO SIDO EXPLICITADA, FAZ-SE NECESSÁRIO, AINDA, ESCLARECER QUE AS MENÇÕES, AFERIÇÕES, OU ATÉ MESMO AS APARENTES CRÍTICAS QUE, PORVENTURA, SE FAÇAM A RESPEITO DE DOUTRINAS DAS MAIS DIVERSAS CRENÇAS, SITUAM-SE E ESTÃO ADSTRITAS TÃO SOMENTE AO CAMPO DA "ARGUMENTAÇÃO", OU SEJA, SÃO ABORDAGENS QUE SE LIMITAM PURAMENTE ÀS QUESTÕES TEOLÓGICAS E DOUTRINÁRIAS. ASSIM SENDO, NÃO HÁ QUE SE FALAR EM DIFAMAÇÃO, CRIME CONTRA A HONRA DE QUEM QUER QUE SEJA, RESSALTANDO-SE, INCLUSIVE, QUE TAIS DISCUSSÕES NÃO ESTÃO VOLTADAS PARA A PESSOA, MAS PARA IDÉIAS E DOUTRINAS.